quinta-feira, 25 de outubro de 2012



ESSA ESTÓRIA PROTAGONIZADA PELO FUNDADOR DO GRUPO "OS CANGACEIROS" GUILHERME LUIS DOS SANTOS, FOI RELATADA POR ROBSON SOARES DA SILVA NO LIVRO “CONCURSOS DE CAUSOS CHESF 50 ANOS”, LANÇADO EM OUTUBRO DE 1998 EM COMEMORAÇÃO AO CINQUENTENÁRIO DA COMPANHIA.
E COMEÇA ASSIM...

Esse causo é muito interessante, porque aconteceu com uma pessoa muito conhecida na cidade de Paulo Afonso-BA, porque além de ele ser mergulhador, era também o Lampião, naquela brincadeira dos cangaceiros que saia todo carnaval em Paulo Afonso, e todos conheciam e ainda conhecem como “Guilherme Cafanguista da CHESF”.

Um dia Guilherme deu uma saída do serviço (saída que na Chesf chamava-se voada), e o chefe começou a procurá-lo por todo lugar, mas não encontrou Guilherme em lugar nenhum.

No outro dia, assim que Guilherme chegou para trabalhar, o chefe já estava esperando, e foi logo dizendo: Guilherme, ontem eu lhe procurei na usina, na tomada d’água, na oficina, na ferramenteira, em todo canto e você não estava.

Guilherme com aquela calma disse: Você me procurou debaixo d’água?

O chefe disse: Não!

Guilherme então fala: Devia ter prucurado, porque onde é que mergulhador trabalha?

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Nota de falecimento

O historiador Eric Hobsbawm (1917-2012)
 
O historiador Eric Hobsbawm morreu na manhã desta segunda-feira (1º), aos 95 anos, de acordo com a família. O historiador marxista e escritor estava internado no hospital Royal Free, em Londres, depois de um longo período doente.

"Ele morreu de pneumonia nas primeiras horas da manhã, em Londres", afirmou a filha do historiador, Julia Hobsbawm, em comunidado. "Sua falta será sentida não apenas pela sua mulher há 50 anos, Marlene, e seus três filhos, sete netos e um bisneto, mas também pelos milhares de leitores e estudantes em todo o mundo."

Nascido em 1917, na Alexandria, no Egito, Hobsbawm se tornou conhecido por obras como a "História do século 20" e "A Era dos Extremos", traduzida para mais de 40 idiomas. Filho de pai britânico e de mãe austríaca, mudou-se para Viena quando tinha dois anos, e depois para Berlim. Aos 14 anos, ingressou no Partido Comunista.

Tornou-se membro da Academia Britânica, em 1978, e foi premiado com a Ordem dos Companheiros de Honra, em 1998. Seu último livro foi "Como Mudar o Mundo - Marx e o Marxismo", lançado em 2011.

O intelectual estudou na Universidade de Cambridge e em 1947 se tornou professor na universidade londrina de Birkbeck, onde colaborou durante anos até chegar a sua presidência. Também foi professor convidado na Universidade de Stanford, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e na Universidade de Corne. (Com agências)

 
Pescado no portal: uol
 
Hobsbawm é autor do livro Bandidos que serviu de referencia para vários pesquisadores do tema Cangaço
 
O bandistismo social. Eric Hobsbawm explora as perpectivas políticas do banditismo e sua história no contexto do poder e do controle por parte dos governos e do Estado. O bandido social - Pancho Villa, Lampião, Robien Hood et caetra - é explicado como um rebelde potencial: o elemento social que, estando fora do alcance do poder e sendo ele mesmo detentor de poder, resiste a obedecer.

Um trecho do de "Bandidos".

A economia e a política do banditismo

"O bando de salteadores está fora da ordem social que aprisiona os pobres. É uma irmandade de homens livres, não uma comunidade de pessoas submissas. Contudo, não pode apartar-se inteiramente da sociedade. Suas necessidades e atividades, sua própria existências, fazem com que ele mantenha relações com o sistema econômico, social e político convencional. De modo geral, os observadores desprezam este aspecto do banditismo, mas ele é suficientemente importante para exigir exame.

Examinemos, em primeiro lugar, a economia do banditismo. Os ladrões têm de comer e se abastecer de armas e munições. Têm de gastar o dinheiro que roubam, ou vender os resultados dos saques. A rigor, no mais simples dos casos, eles necessitam de muito pouca coisa, além daquilo que os camponeses ou pastores locais consomem - alimento, bebida e vestuário produzidos localmente - e podem dar-se por satisfeitos por obtê-los em grandes quantidades e sem a labuta do homem comum".