Os cangaceiros de Paulo Afonso é um grupo cultural que existe há mais de 50 anos na cidade.Levando muita cultura e história ao conhecimento das pessoas,Os Cangaceiros travam batalhas com as volantes que vivem ao encalce de lampião e seus cangaceiros. A história de Virgulino Ferreira é contada pelo grupo de forma concreta e extrovertida. ASSOCIAÇÃO: RUA GENERAL DUTRA,N°528 CENTRO PAULO AFONSO-BA
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
MARIA BONITA
Era primavera de 1929 quando o ousado coronel do sertão, Virgulino Ferreira da Silva, chegou num casebre de taipa, com três cômodos, de onde se veem os belos Picos do Tará. Acompanhado do fazendeiro e parceiro Odilon Café, ele se apresentava para um dedo de prosa com Zé de Felipe no distante povoado de Malhada de Caiçara, em Paulo Afonso. O intuito era reforçar seu rol de amigos no trajeto dos cangaceiros entre Bahia, Alagoas e Sergipe.
Virgulino já era Lampião e conquistava, na lábia ou na faca, os moradores dos locais por onde passava. Tudo contra a delação. Era o reinado no cangaço, bando exclusivo para homens. Até então.
Naquela tarde e naquela casa de taipa, o destino do cangaço haveria de mudar. Odilon Café apresentou Lampião à sua sobrinha Maria Gomes de Oliveira, segunda filha de dona Déa e Zé de Felipe.
A filha do casal era conhecida como Maria de Déa. Tinha então 18 anos, era casada, mas havia brigado com o marido. Sua beleza amoleceu o temido Lampião e o fez levá-la a tiracolo para amenizar as durezas da batalha na caatinga. O coração fez o chefe romper as regras, e, a partir dali, as mulheres começaram a integrar o bando sob a batuta de Maria Bonita.
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