quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Visita a um dos três últimos ex-cangaceiros vivos- Por João de Sousa Lima



José Alves de Matos, o ex-cangaceiro Vinte e Cinco é um dos três últimos cangaceiros vivos. Ainda lúcido tem uma memória privilegiada e apesar dos seus 95 anos de idade recebe sempre visitas em sua residência para falar do seu tempo de cangaceiro.
Ele lembrou com facilidade que eu havia estado com ele em nosso primeiro encontro há exatos seis anos.

José Alves de Matos nasceu em Paripiranga, Bahia, na fazenda Alagoinha. Teve vários primos e sobrinhos com ele no cangaço, tais como: Santa Cruz, Pavão, Chumbinho, Ventania e Azulão. No dia que entrou para o bando de Corisco o seu sobrinho Santa Cruz entrou no grupo de Mariano.
Vinte e Cinco discutiu com Dadá e saiu do grupo de Corisco para o grupo de Lampião. Podemos vê-lo em foto ao lado de Corisco e em outro momento ao lado de Lampião. Quando da morte de Lampião havia ido com os dois irmãos Atividade e Velocidade buscar uns mosquetões e umas munições.

Vinte e Cinco vem de uma família numerosa, sendo oito irmãos e seis irmãs e depois seu pai casou novamente e nasceram mais cinco homens e três mulheres.
Vinte e Cinco e João de Souza Lima
 
Quando acabou o cangaço e se entregou com alguns companheiros em Poço Redondo, Sergipe, acabou ficando preso por quatro anos em Maceió e dentro da cadeia começou a estudar, quando recebeu o alvará de soltura conseguiu entrar no estado como Guarda Civil, conseguindo a vaga através de um amigo. Quando o governador Ismar de Góis Monteiro descobriu que ele havia sido cangaceiro convocou o secretário de Justiça do Estado, o senhor Ari Pitombo e disse que não podia ficar com ele na guarda pois ele havia sido cangaceiro, o secretário procurou o chefe da guarda, o major Caboclinho e o major disse que ele era entre os 38 guardas o melhor profissional que ele tinha. O Secretário resolveu fazer um concurso entre eles e José Alves contratou duas professoras, esqueceu as festas e curtições e foi estudar bastante o que lhe rendeu o primeiro lugar na primeira fase, na segunda fase se classificou entre os melhores e quase foi reprovado na parte de tiro, pois era acostumado com o Parabellun e teve que atirar com um 38, só passando depois que atirou com o parabellun e acertou o alvo, depois de duas sequencias de erros com a outra arma. Hoje José alves de Matos é aposentado como funcionário público estadual.
Fonte: http://www.joaodesousalima.com/

domingo, 5 de agosto de 2012

Luiz Gonzaga também é lembrado em Paulo Afonso

O departamento de cultura de Paulo Afonso através de sua diretora Gloria Costa Lira, promoveu nos dias 27/07 até 04/08 mais um merecido memórial em homenagem ao centenário do Rei do Baião, com lançamento do livro 100 Anos Luiz Gonzaga do escritor João de Sousa Lima, além de exposições, palestras e filmes.


Ontem(04/08), a última noite de homenagens ao Rei do Baião, foi celebrada pelo Pe.Celso Anunciação uma Missa de encerramento seguida dos festejos forrozeiros dos acordes das sanfonas na Roda de Sanfoneiros, que abrilhantaram a noite com as principais músicas do Gonzagão. Sendo que, a noite pôde ficar melhor ainda com o presenteamento da sanfona(zero bala) aos Cangaceiros feita pelas mãos da diretora de cultura Gloria Costa Lira. Os Cangaceiros estiveram lá representados pelo presidente da Associação Heleno Oliveira.





Gloria Lira e Heleno Oliveira
A cultura nordestina nas suas mais diversas formas de manifestação é sem dúvida muito rica em história e encantamento, seja nas cantorias, nos artesanatos, na literatura ou nas danças, cada um de nós precisamos manter viva nossas raízes, não permitindo que nossa identidade seja alterada, mas sim apreciada e cada vez mais valorizada.